Pacova ou pacoba é uma designação comum no norte do país para a banana. Este fruto já alimentava os nativos brasileiros quando os portugueses aportaram por aqui. Os primeiros cronistas que narraram o cotidiano do Brasil exaltam em seus textos os “saborosos frutos da pacobeira”. Fruto tipicamente tropical, tornou-se símbolo brasileiro com as interpretações de Carmem Miranda na Broadway.
Lasar Segall - Bananal, 1927
O artista retrata o personagem e a paisagem brasileira em cores vibrantes. Trouxe para o movimento modernista a vanguarda dos pintores europeus.
O artista retrata o personagem e a paisagem brasileira em cores vibrantes. Trouxe para o movimento modernista a vanguarda dos pintores europeus.
A banana é a fruta mais popular do Brasil, consumida tanto como sobremesa quanto como acompanhamento nas refeições. Ocupa apenas 0,87% do total das despesas de alimentação dos brasileiros em geral (daí a expressão “a preço de banana” para referir que algo não custa caro).
Na crença popular, prega-se que a fruta pode auxiliar no tratamento de algumas doenças, tais como: reumatismo, artrites, prisão de ventre, diarréia, desidratação, queimaduras de sol, entre outras.
No vocabulário usual, as referências à banana, como frases, locuções, imagens comparativas, exclamações de protesto e desabafo, são incontáveis e entendidas em todas as classes sociais. É a linguagem popular que constitui o folclore da alimentação brasileira. Usa-se banana para designar “covarde, tolo, amaricado, sempre concordante. Gesto obsceno, de sugestão fálica; por a mão ou o antebraço no sangradouro do outro, oscilando este com a mão fechada. Dar bananas”.
Apesar da máxima “a preço de banana” já não se aplicar para a própria, já que o preço da fruta andou inflacionando nos últimos anos, ela está disponível o ano todo e é um ingrediente saboroso, nutritivo e versátil. Além disso, é um dos carros-chefes da gastronomia brasileira muito apreciada pelos estrangeiros em todas as suas versões. Portanto, podem vir ao Brasil, porque yes, we have bananas!
Antonio Henrique Amaral - Campo de batalha 3, 1973
No fim da década de 1960, a Tropicália tocava nas rádios e as “Bananas”, de Antonio Henrique Amaral, afrontavam a ditadura exaltando no verde e amarelo a nossa brasilidade. A série “Campos de Batalha” trouxe toda essa referência brasileira amarrada, enforcada, cortada e espetada por garfos frios e cinzentos.
No fim da década de 1960, a Tropicália tocava nas rádios e as “Bananas”, de Antonio Henrique Amaral, afrontavam a ditadura exaltando no verde e amarelo a nossa brasilidade. A série “Campos de Batalha” trouxe toda essa referência brasileira amarrada, enforcada, cortada e espetada por garfos frios e cinzentos.
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